quarta-feira, novembro 23, 2005

Le chauffeur

O que é que poderá ser pior do que o taxista tuga? O taxista tuga emigra em Paris. Este ser é em tudo igual ao irmão residente no país natal (o cheiro do móvel, o palavrão, a rádio pimba, os penduricalhos, as fotografias dos meninos), com uma agravante: uma vontade incontrolável de matar saudades do bacalhau, da chouriça e da terra, o que o faz não olhar a meios para conseguir sacar umas palavras do civilizado (casal AR e RA) Cliente português...
O entusiasmo de transportar patrícios, quase que o leva às lágrimas - não resiste à piada fácil: 'tanto tráfico, tanto tráfico, andem a incendiar voitures, mas ainda não acavaram com todas, ah bon!!'
'ALô, Alô, ides para Lisboua??? Ah oui?? Hoije? Para Portugal??? Ah Bon!!'. Lebo aqui o meu papa (de facto ía um velho de carrazeda de anciães a cheirar a vinha d’alhos, no banco da frente), que bem comigo todódia (que programão, ãh??), não é papa? (grunhido...) Ai que merda, que só chobe e o sinal tá rouge!

3 Comments:

Blogger RA said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10:53 da manhã  
Blogger RA said...

Caro Dizeres Meus,

grata pela elucidação. Ingenuidade minha pensar que existia alguma lógica no nome (tipo carrazeda de velhos, tázaver?) e escrevê-lo como se do plural de ancião se tratasse, quando na maioria dos casos não houve qualquer sentido na atribuição de nomes aos lugarejos de Portugal. Já agora Carrazeda significa...???

11:10 da manhã  
Blogger Inspector Serra said...

Ai, seres hibridos esses franco-lusitanos ou luso-franciús...

Ao depoix é que nóis ficamus com aquela má fama pu mundo fora, né?

Aquele abraço,
Serra

12:12 da tarde  

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