quinta-feira, junho 30, 2005

Serra decide falar

Excerto da entrevista (possível) concedida pelo Inspector Serra ao Almiscarado. O Inspector não autorizou a publicação de fotografias nem a gravação da conversa, que ocorreu numa cave de um conhecido bairro da periferia lisboeta, na presença do Guedes. O Inspector apareceu-nos bem disposto, e fardado (longe vão os tempos dos disfarces gay, quando integrava a Banda 'Village People').
A.: Quem é o Inspector Serra?
I.S.: Antes de mais boa tarde. O Inspector Serra é a lei. É o defensor base dos valores e princípios que regem a nossa sociedade e o perseguidor da labregagem que teima em tornar o nosso mundo um pior local para viver.
Infelizmente, com esta mentira a que chamam democracia, tiram meios logísticos e materiais ao Inspector Serra para pôr esses incumpridores da lei e do saber estar, na linha – não bate porque é cigano, não bate porque é atrasado mental, não bate porque é o Pinto da Costa, não bate porque é labrego – e, assim, o Inspector Serra refugiou-se no ciberespaço de forma a ganhar adeptos na sociedade civil para a difícil missão que é fazer cumprir a lei e eliminar, qual bicho da madeira, essa gentalha que se entranha na sociedade e, que, com os seus modos rudes e labregos, tira anos de vida a todos nós.
A.: Qual é a sua relação com o Inspector-Chefe-Rocha?
I.S.: Sabe que a blogosfera tem muita coisa de bom mas também dá azo a que tipos com a mania que são macacos se escondam atrás do anonimato e venham para aqui atirar bitacos que, cara a cara, não teriam a mesma vontade de dizer ao Inspector Serra.
O Inspector Serra pode adiantar que o Rocha não é Inspector nenhum, nem tão pouco pertence às forças policiais, e, acima de tudo, já foi identificado pelo Inspector Serra, que o tem com rédea curta.
Posso apenas referir também que ando a brincar com o Rocha como um gato faz com um pardalito e que, se o Rocha não se decidir a ser sério, vou ter de parar de lhe mandar as patadas amigas que tenho e pô-lo na linha definitivamente.
A.: A célebre expressão 'Seja Sério/a' vem de onde?
I.S.: Ser sério é um estado de espírito comparável ao estado zen. O Inspector Serra é alguém que leva o seu trabalho e sua função sem brincadeiras, sem tempos mortos, sem subterfúgios – o Inspector Serra é sério com aquilo que pega pelos cornos – e exige que os cidadãos sigam essa mesma seriedade na missão de fazerem os labregos, como diria o António Variações, “mudarem de vida”.
A.: Já foi ameaçado por alguém que tenha sido vítima dos seus comentários brutais?
I.S.: Não. As pessoas sabem que o Inspector Serra é bruto mas justo. E se não souberem é melhor instalarem a rampa de acesso ao elevador pois o Inspector Serra é conhecido por partir perninhas àqueles que se armam em “engraçados”.
A.: Costuma ouvir o Almiscarádio?
I.S.: Quando não consigo sintonizar o Rádio Clube Português ou a Rádio Nostalgia, está no topo das minhas preferências. Se bem que desconfio que o vosso DJ, AR, é uma personagem algo dúbia…

Inquérito de Verão:
Um livro….Cara amiga, o Inspector Serra apenas lê o Código da Estrada e a Constituição. São essas as suas bíblias.
Uma flor…Flores? Deve pensar que o Inspector Serra tem tempo para se andar a passear pelo Bairro Alto para visitar o Flower Power e afins… Para perfumar o seu apartamento o Inspector Serra manda umas jardas de Brise que funcionam na perfeição. Deixe lá as flores para as coroas fúnebres. Seja séria!
Um filme…Apanhar um larápio com a boca na botija. É que assim, a lei permite-nos fazer dele gato sapato. Quando imagino todas as possibilidades que existem para o fazer sofrer até me aparece aquele brilhozinho nos olhos, a pequena lágrima a escorrer pela face e um grande filme na minha mente.
Um herói…O Guedes. Apanha tanto naquela tromba que é heróico o acto de voltar dia após dia ao mesmo.
Uma causa….Espalhar a Serromania pela blogosfera.

Obrigada Inspector, boas investigações.

terça-feira, junho 28, 2005

Há mar e mar, há ir e voltar

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Porque é que o Instituto de Socorros a Naúfragos enterrou esta campanha? Será que o Tuga aprendeu a nadar e a dispensar a feijoada antes do clássico chapão nas águas atlânticas?
Nunca é demais lembrar: Nos dias quentes, um mergulho vem mesmo a calhar, mas antes de mergulhar, pare e pense um pouco.

sexta-feira, junho 24, 2005

[i]

it may not always be so; and i say
that if your lips, which i have loved, should touch
another's, and your dear strong fingers clutch
his heart, as mine in time not far away;
if on another's face your sweet hair lay
in such a silence as i know, or such
great writhing words as, uttering overmuch
stand helplessly before the spirit at bay;

if this should to be, i say if this should be –
you of my heart, send me a little word;
that i may go unto him, and take his hands,
saying, Accept all happiness from me.
Then shall i turn my face, and hear one bird
sing terribly afar in the lost lands.


e. e. cummings

quarta-feira, junho 22, 2005

Carcavelos não é o Leblon

Na melhor tradição 'Luís Filipe Militão' - psicopata português conhecido pelo seu crime perfeito em Fortaleza (para quem não se lembra: deiles frango, deiles uísque...) gangs organizados espalham o terror arrastando praias e assaltando comboios...
Ratos do Cacém e Dreads da Cova da Moura, se me estão a ouvir, lembrem-se: Carcavelos não é o Leblon e o comboio da linha de Sintra não é o Expresso do Oriente. Para quê assaltar trolhas em férias na Bola de Nívea e sacos de crochet de empregadas domésticas nas carruagens da Amadora?
Pensem em grande, tenham visão. Informem-se sobre as carreiras para Almancil - podem consultar horários e destinos no site da rede de expressos. Em chegando a Almancil, apanhem uma boleia até à Quinta do Lago, vão ver que se divertem mais. Boa sorte!

terça-feira, junho 21, 2005

Boato

Ouvi dizer, de fonte segura, que o Inspector Serra, nos anos 70, viveu nas Américas e que acumulou a sua actividade de polícia com uma carreira musical. Aparentemente o grupo que Serra integrava causou furor em certos nichos de mercado. O Inspector recusa-se falar do seu passado no show bizz mas o Almiscarado encontrou as fotos que comprovam o boato.

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Bernardino ou No Tempo em que os Animais Falavam

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Telemóvel do Demo!

O meu novo telemóvel tem uma funcionalidadezinha altamente irritante. Quando programo o despertador para o dia seguinte, aparece (por exemplo) a mensagem: 'Time left until alarm: 5 hours and 22 minutes' que é como quem diz: 'Tás lixada, já só vais dormir 5 horinhas'.
Já tentei, mas não dá para desactivar esta frase, que não deixa qualquer espaço para a divagação na insónia. Acabaram-se os tempos em que ía dormir tarde e tentava concentrar-me em tudo, menos no countdown desesperado das horas de sono.

segunda-feira, junho 20, 2005

Quem é o Inspector Serra?

Prevendo já que este post vá bater records de leitura no almiscarado - choveram sms e chamadas nos últimos dias com a pergunta que se impunha - começo por vos dizer (leitores e companheiros bloguistas), que a identidade do Serra há-de permanecer no segredo dos Deuses.

O Serra já fez estragos neste blog, dirão alguns de vocês indignados - O gajo vem para aqui comentar e tal.. e não tem graça e tal...E dá erros ortográficos.. E porque é que o gajo escolheu logo o almiscarado, com tanto blog que há p'raí? Não sabemos.

A verdade é que o Serra tem causado tumulto e anda aí muita alminha com medo da multa do inspector.

Convido-vos a ler o seu último post 'O (es)pasmo da habituação '.

E não, não, o Serra não é o meu alter ego.

Bibárrrute!

- Sónia, Tivesteszaver a Quinta? Tá nos anúncios?
- Tá. Quem é ca vizinha acha que vai ganhari?
- Eu digo qué a Rrrruti. Ela coitadinha tá cheia de dívidas. Olha, é assim, espero que não seja o Tino, quéstúpido que eu sei lá.
- E o Batanéti??? Eu digo qué o Batanéti.
- Olhá tua mãe tá melhor daspinha? Doíalaspinha quela disse-me.
- Tá vizinha, foi ontem à medeca da caixa. Olhe vaia par dentro, que já tá a Dona Júlia a falar.

quinta-feira, junho 16, 2005

Fruta da Época

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Almiscacomunista


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Escadas nas minas de ouro de Serra Pelada. Brasil, 1986. In 'Trabalhadores' Sebastião Salgado

De pé, oh vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia o povo já consome
A crosta bruta que a soterra
Cortai o mal bem pelo fundo
De pé, de pé, não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo, oh produtores
Messias, Deus, Chefes Supremos
Nada esperamos de nenhum
Unamos forças e tornemos
A terra-mãe, livre e comum
Para não termos protestos vãos
Para sairmos deste antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito
Crime de rico a lei encobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não mais sujeitos
Somos iguais a todos os seres
Não mais deveres, sem direitos
Não mais direitos, sem deveres
Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificam tal riqueza
sobre o suor de quem trabalha
O produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Querendo que ele o restitua
O povo só quer o que é seu.
Fomos do fumo embriagados
Paz entre nós, guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores
A corja vil e cheia de galas
Nos quer a força, canibais
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais
Somos o povo dos ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Oh parasita, deixa o mundo
Oh parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar
Bem unidos façamos
Desta luta a final
De uma terra sem amos
A Internacional.


Hino da Internacional Comunista

Outsourcing

Sempre que se fala em greve, lembro-me de um amigo que tinha uma namorada caprichosa. Ela, quando achava que não recebia todos os mimos devidos, fazia greve de sexo.
Um dia, o meu amigo fartou-se. E foi outsourcing.

quarta-feira, junho 15, 2005

Odete Santos visivelmente perturbada com a morte dos camaradas Álvaro e Vasco.


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Não há duas sem três

Depois do Cunhal e do camarada Vasco, quem será o próximo? Diz que o Otelo não sai de casa desde segunda feira e o Major Tomé anda com 5 pulseirinhas Tucson em cada braço.

O meu país

O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade (1923-2005)

quinta-feira, junho 09, 2005

Santantónio Gay

'O vereador comunista na autarquia de Lisboa António Abreu vê com bons olhos que os casamentos de Santo António integrem num futuro próximo casais homossexuais, considerando que esta questão deve ter uma solução legal.' In Correio da Manhã.
Senhor vereador, talvez por ter crescido no seio do PC, se tenha esquecido, mas lembro-lhe que Santo António é um Santo da Igreja Católica. Não me parece, que num futuro próximo, a Igreja reconheça e apadrinhe um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Mas se faz fé nisso...

quarta-feira, junho 08, 2005

Aquela Máquina!

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Este story board é, para mim, mais comovente do que o último episódio da Vila Faia (aquele em que o Godunha casa com a Margarida Carpinteiro, mãe do Rui, que vivia num orfanato). Quando este senhor aparecia na televisão, eu ía imediatamente deitar-me, com medo que ele me levasse para a Regisconta, na sua maleta.
Ta nam, ta nananam, nananam.
Ta nam, ta nananam nanam.
Ta nam, ta nananam, nananam.

terça-feira, junho 07, 2005

Barbeiro

A ida ao meu barbeiro é sempre uma experiência memorável. Ao contrário de um barbeiro normal que fala de futebol, politica e ao mesmo tempo manda uns piropos à menina que lava o cabelo, o meu barbeiro é o que se pode chamar de um intelectual de direita. Todo o seu estaminé está forrado de quadros pintados por ele enquanto espera pelos clientes. E as obras são dignas de se ver: várias imitações do Guernica em diferentes formatos, do Grito e paisagens indefinidas de qualidade duvidosa.
Da minha ultima visita fiquei a saber que o sr. barbeiro apropriou-se de um terreno abandonado na Amadora junto ao IC19 onde resolveu cultivar uma horta para plantar batatas e cebolas. De forma a proteger a sua propriedade "privada" também tratou de pôr os seus cães de caça e um galinheiro com galinhas uma das quais segundo consta põe uns ovos que dão uma omoleta amarelinha que só visto. Já procedeu à vedação de toda a sua propriedade e enterrou uma caçadeira no local para eventuais precalços.
O problema é que rentemente apareceu por lá um preto drogado a tentar apropriar-se da propriedade. Começou por matar uma cadela de estimação e também já destruiu o sistema de rega improvisado. Ao que ele me diz, da próxima vez que o vir por lá desenterra a caçadeira, mata-o, queima-o com uns pauzinhos que já lá deixou e enterra-o para não deixar rasto. E o problema é que é capaz de ser verdade. Tanto para mais que o Sr. Barbeiro já foi campeão nacional de tiro aos pratos pelo que não lhe deve ser dificíl acertar num preto drogado.
Já estou a ver a próxima obra de arte pendurada no estaminé inspirada no tema.

Uma questao (im)pertinente

Como fazer quando se assistiu ao espectáculo em pé?

Então gostaste? Eh pá, foi espectacular!

Porque è que todos os espectáculos ao vivo em Portugal (concertos e teatro) acabam com o publico a aplaudir em pé? Não deveria haver uma graduação de avaliação do espectáculo, a começar no arremesso do tomate podre e terminando no aplauso de pé? Será possível que todos os espectáculos em Portugal tenham nota máxima? Seremos sempre abençoados com as melhores performances das carreiras dos artistas internacionais? Muitos tugas acham que sim. È sempre “espectacular” e “vê-se mesmo que ele adorou o publico”. O portuga gosta mais de gostar do espectáculo do que do próprio espectáculo. Sente que o artista lhe esta a fazer o favor de actuar como tal merece a recompensa do aplauso histérico. O Portuga não suporta admitir que o que acabou de ver foi apenas bom. Consegue, quando muito, identificar o espectáculo que foi “uma grande merda”, mas nunca o razoável. Tentem, no próximo espectáculo que forem, deixar-se ficar sentados a aplaudir moderadamente e rapidamente se sentirão massacrados pela massa humana à vossa volta que se ergue e aplaude entusiasticamente, olhando para os artistas com um sorriso comovido.

Teste os seus conhecimentos


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João Chaves, fazendeiro da quinta das celebridades, é na verdade:
a) José Castelo Branco
b) Betty Grafstein
c) Todas são verdadeiras

segunda-feira, junho 06, 2005

Mana Ronalda

Ronalda diz que as pessoas já a identificam como cantora: «Tenho de provar que não sou apenas irmã do Ronaldo». Ó Ronalda, que tal se começasses por usar outro nome? É que assim de repente pode alguém mais perspicaz, associar-te sem querer, ao futebolista Crisitiano Ronaldo. Por absurdo que te pareça, pode acontecer...

P.S. A legião de fãs da cantora pode ir dar uma espreitadela a http://ronalda.blog.pt.

Cooking Sessions

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domingo, junho 05, 2005

Correcções

A pequeníssima percentagem de americanos com lucidez para observar o que os rodeia encontra-se num tempo magnífico para o fazer. Jonathan Frazen não só tem essa lucidez como tem o talento para o escrever num livro. Correcções trata de uma família disfuncional, como não podia deixar de ser. O Pai tem parkinson e é prisioneiro de um rigor que lhe moldou a vida, a Mãe controladora e ansiosa, mas desesperada por se divertir um bocado. Os filhos: um académico frustado que entra em negócios escuros, um financeiro a viver um casamento que é um pesadelo, e uma chef cozinheira 'estrela' do restaurante da moda. Os personagens são tão humanos e prováveis, vivendo (os filhos) entre NY e Filadélfia e deixando o provinciano midwest para trás (onde ficaram os pais), que quase podia passar por uma novela desenxabida. Mas está escrito com tanta inteligência, tem momentos tão hilariantes e os conteudos e a forma são de tal forma contemporâneos que nos deixa felizes por pensar que existem grandes escritores a retratar estes nossos dias. R. Piaui

sexta-feira, junho 03, 2005

Estrela da Tarde

O memorável ano de 1976, trouxe-nos o melhor dos festivais rtp da canção de sempre. Na modalidade 'Intérprete único', Carlos do Carmo cantou 8 canções. E imaginem, venceu o Festival. Em 1º lugar, ficou a canção 'Estrela da Tarde', com letra de José Carlos Ary dos Santos e música de Fernando Tordo. Aqui fica o poema, que é lindíssimo, ora cantem comigo (que eu hoje estou muito festivaleira):

ERA A TARDE MAIS LONGA DE TODAS AS TARDES
QUE ME ACONTECIA
EU ESPERAVA POR TI, TU NÃO VINHAS
TARDAVAS E EU ENTARDECIA
ERA TARDE, TÃO TARDE, QUE A BOCA,
TARDANDO-LHE O BEIJO, MORDIA
QUANDO À BOCA DA NOITE SURGISTE
NA TARDE TAL ROSA TARDIA
QUANDO NÓS NOS OLHÁMOS TARDÁMOS NO BEIJO
QUE A BOCA PEDIA
E NA TARDE FICÁMOS UNIDOS ARDENDO NA LUZ
QUE MORRIA
EM NÓS DOIS NESSA TARDE EM QUE TANTO
TARDASTE O SOL AMANHECIA
ERA TARDE DE MAIS PARA HAVER OUTRA NOITE,
PARA HAVER OUTRO DIA. (REFRÃO)
MEU AMOR, MEU AMOR
MINHA ESTRELA DA TARDE
QUE O LUAR TE AMANHEÇA E O MEU CORPO TE GUARDE.
MEU AMOR, MEU AMOR
EU NÃO TENHO A CERTEZA
SE TU ÉS A ALEGRIA OU SE ÉS A TRISTEZA.
MEU AMOR, MEU AMOR
EU NÃO TENHO A CERTEZA.
FOI A NOITE MAIS BELA DE TODAS AS NOITES
QUE ME ACONTECERAM
DOS NOCTURNOS SILÊNCIOS QUE À NOITE
DE AROMAS E BEIJOS SE ENCHERAM
FOI A NOITE EM QUE OS NOSSOS DOIS
CORPOS CANSADOS NÃO ADORMECERAM
E DA ESTRADA MAIS LINDA DA NOITE UMA FESTA
DE FOGO FIZERAM.
FORAM NOITES E NOITES QUE NUMA SÓ NOITE
NOS ACONTECERAM
ERA O DIA DA NOITE DE TODAS AS NOITES
QUE NOS PRECEDERAM
ERA A NOITE MAIS CLARA DAQUELES
QUE À NOITE AMANDO SE DERAM
E ENTRE OS BRAÇOS DA NOITE DE TANTO
SE AMAREM, VIVENDO MORRERAM. (REFRÃO)
EU NÃO SEI, MEU AMOR, SE O QUE DIGO
É TERNURA, SE É RISO, SE É PRANTO
É POR TI QUE ADORMEÇO E ACORDO
E ACORDADO RECORDO NO CANTO
ESSA TARDE EM QUE TARDE SURGISTE
DUM TRISTE E PROFUNDO RECANTO
ESSA NOITE EM QUE CEDO NASCESTE DESPIDA
DE MÁGOA E DE ESPANTO.
MEU AMOR, NUNCA É TARDE NEM CEDO
PARA QUEM SE QUER TANTO!