segunda-feira, janeiro 30, 2006

História de Amor Pimba entre M. e Rute Marlene

No finzinho de 'certa e trenada' noite de copos, M. vê-se, às 7 da manhã, em alta festa, na vivenda de Rute Marlene, sita (sempre quis escrever esta palavra) em Palmela. Rute (ou será antes Ruth?), atingida pela seta do cupido e desconhecendo que M. vive desconectado do mundo pimba e absorto noutras realidades, pergunta-lhe se ele é seu fã.
M., sempre cavalheiro (mas tomando Rute Marlene por mais uma cabeleireira do Fogueteiro) diz-lhe boquiaberto, que sim, que é seu fã. Rute, comovida com a resposta de M., coloca no aparelho de dvd da sua mezanina (sempre quis escrever aparelho de dvd + mezanina), a gravação de um dos seus concertos, na qual se ouve o povo em êxtase, a gritar 'Rute Marlene, Rute Marlene' e Rute a cantar o refrão do seu êxito 'Chupa no Dedo'. M., subitamente elucidado sobre a verdadeira identidade da menina, diz então a Rute - 'sou teu fã, Rute Marlene, amo a tua música 'Chupa no Dedo'. Rute chora, diz a M. que são almas gémeas e mostra-lhe a vista da mezanina, que a inspira na composição das suas músicas. M. debruça-se na janela coberta de cortinas artisticamente tricotadas pela mãe de Rute, vislumbra duas laranjeiras sem folhas no quintal do vizinho e diz (mente) a Rute: 'És uma pessoa linda'.
Já sóbrio, M., que nunca tinha atravessado o rio para a margem sul, tenta chegar à capital. No cais ao qual por sorte conseguiu chegar, M., vendo quatro barcos atracados, pergunta educadamente ao vendedor de bilhetes - qual deles é que vai para Lisboa? A salvo, em terra firme alfacinha, M., introspectivo, em jeito de flash-back, faz a panorâmica da noite: 'Como são baratos os bilhetes da carreira! apenas sessenta sétimos.'

domingo, janeiro 29, 2006

Perguntas que ficaram por fazer na campanha?

O Prof. Cavaco é da família dos irmãos Cavaco, que nos anos 80 andavam a monte no Algarve e que foram apanhados num apartement em Quarteira? Se sim, porque o esconde?

sábado, janeiro 28, 2006

LINGUADO

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Raios e Coriscos

Ontem, se por acaso ligaram a televisão na RTP Memória às dez e meia da noite (coisa que nunca faço, mas calhou ontem fazer), tiveram oportunidade de assistir a uma pérola televisiva inigualável: o programa raios e coriscos da autoria de Miguel Esteves Cardoso, apresentado pela Manuela Moura Guedes, 16 anos mais nova mas com mais rugas (antes das plásticas) do que no presente, se é que isto é possível.
Os convidados eram o ainda moreno Herman José, pasmem - com umas meias brancas e uns jeans curtos; a Zita Seabra já perto dos 70 anos, mas com a mini-saia da moda; a mesmo-então-chique-vera-lagoa (nada a dizer); o Vasco Pulido Valente na sua indumentária de intelectual de esquerda (ou de centro???) (escapa, todo de beigezinho e castanho...), mas com a sua bebedeira habitual e, last but not least... o Paulo Portas que, obviamente, desconhecendo que ía a ministro, se apresentava sem os dentes arranjados (é verdade, faltavam-lhe alguns dentes de lado), com uma voz histérica e com pose de gaja, imaginem!!!! Será que era gay? E o mais previsível no meio disto tudo? que é que estavam todos a dizer naquele programa dos idos 90??? Mal do Cabaco.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

'Cavaco & Silva'

Pronto, parece que vamos ter mesmo 'Cavaco & Silva' na Presidência. Já estou a ver o quadro: Cavaco a comer bolo rei de boca aberta e a atirar perdigotos para o Rei Juan Carlos. Sua Majestade vai certamente pensar - 'Ah San Payo como te echo de menos, que guapo te quedavas en la portada de hola!....'

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Sinais de Loucura

Não me sai da cabeça a música do Big Show SIC:

"O Big Show está no ar
É nele que eu me vou ligar"
Isto já me anda a acontecer há algum tempo. Uns 6 anos... Muitas vezes é uma versão em brasileiro:
" O Big Show está no ar
É nele que eu vou me ligar"
Devo pedir ajuda?

Você já foi na Bahia? Não? Então vá!

'O comportamento do Padre merecia cuidados terapêuticos - Dom Geraldo Magela, Presidente da CNBB, em nota que condena o Padre José Sousa Pinto, da Igreja da Lapinha, em Salvador, que se fantasiou de baiana, índio e orixá e, muito maquiado, dançou durante a missa.' In 'Revista Veja' 18 Janeiro 2006.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Esquerda ou Direita? (mais um post para reduzir a popularidade do Almiscarado)

Excerto de uma entrevista ao economista brasileiro Paulo Guedes:
"Veja – O senhor fala em social-democracia e liberal-democracia. Por que não esquerda e direita, simplesmente?
Guedes – Esquerda e direita são rótulos que ainda subsistem em países atrasados, entre os quais eu incluo o Brasil. Nos desenvolvidos, as duas forças hegemônicas são a social-democracia e a liberal-democracia. O socialismo é uma utopia que se tornou irresistível para os intelectuais, apesar de ser um equívoco intelectual completo. Quem são os economistas socialistas que deixaram uma herança para a sociedade? Sobrou só o próprio Marx, como um grande filósofo. O socialismo, para sua tragédia, virou o ópio dos intelectuais. Virou uma religião. E por quê? Porque cometeu o terrível equívoco de não compreender o que estava acontecendo em matéria econômica. Baseado no desejo de igualdade, de solidariedade, não percebeu o que estava acontecendo do ponto de vista econômico.
Veja – A redução da desigualdade não é necessária?
Guedes – Sim, mas não da forma imaginada pelos socialistas. A alternância desejável é entre a social-democracia e a liberal-democracia. É o liberal-democrata de um lado, o social-democrata de outro, um com mais ênfase na criação de riqueza, o outro com mais ênfase na redistribuição. Mas nenhum dos dois pretendendo desorganizar o sistema de mercado que levou 2 500 anos para ser construído. Se uma sociedade está crescendo 2% ao ano, é melhor colocar um liberal-democrata. Aí, quando ela estiver crescendo 6%, você põe um social-democrata, taxa um pouco mais aqui para financiar projetos sociais – bolsa-família contra a pobreza absoluta, bolsa-escola pela igualdade de oportunidades, seguro-desemprego – e distribui um pouquinho a quem ficou para trás. Por isso acredito que os próximos vinte anos serão da liberal-democracia no Brasil. "