quinta-feira, julho 28, 2005

Mensalão

Segundo denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), teria sido paga por dirigentes do PT, uma mesada de 30 mil reais a deputados do PP e do PL, para que votassem de acordo com a orientação do governo. Imaginem o Sócrates a pagar um ordenado ao Marques Mendes para este ficar caladinho e não fazer oposição. Gózádo, não era não??

quarta-feira, julho 27, 2005

Outro melhor título de todos os tempos

Faster, Pussycat! Kill! Kill!

O melhor título de todos os tempos

Manhã Submersa

terça-feira, julho 26, 2005

Soares é fixe


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De há uns dias para cá, ando com uma sensação de déjà vu...

quarta-feira, julho 20, 2005

O regresso do Loden Verde


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Freitas diz «nunca digas nunca» a presidenciais.

sexta-feira, julho 15, 2005

O fórum ou o Professor Marcelo que há em nós

Se há fenómeno que tem proliferado nos últimos anos é o do fórum. Se há povo que gosta de opinar é o português. Experimentem ficar um dia em casa com gripe e verão do que estou a falar. Desde o fórum TSF à opinião púbica, passando pela Bancada Central - tudo em horário de expediente, note-se - há sempre um espacinho nos media para o tuga espraiar as suas ideias.O Tuga tem opinião sobre tudo: desde o SIM ou NÃO à Constituição Europeia (que nunca leu) até quem deverá sair vencedor da Quinta das Celebridades. A opinião é complexa, o que poderá parecer revelador de um conhecimento profundo da matéria em debate, mas, na verdade, não é mais, normalmente, do que gosto de se ouvir e incapacidade total de síntese: «Ó sôr Fernando Correia em primeiro lugar gostaria de le dar os parabéns e um abraço pó pugrama, ora bem, portanto, eu no meu entender, devole dezer que não concordo com o que acabou de ser dito pelo seu anterior óvinte, por várias ordens de razões, ora portanto....».
O Tuga não admite, nunca, que não sabe: «O senhor quem é que acha que deve sair esta semana da quinta?» «Então, aquela rapariga, a Elsa» , «A Elsa Raposo? Mas a Elsa já saiu há 3 semanas». «Ah pois, mas é essa que deve de sair, é essa, eu inclusibamente penso que….»
O Tuga gosta de desenterrar ‘merdas’ que em nada interessam para o assunto em questão, e gosta particularmente de utilizar a palavra ‘algo’, por ex.: «Eu penso que a Constituição Europeia é algo mau. A nossa classe política é a culpada. Veja-se, por exemplo, a questão do défice, os ricos safam-se sempre. Neste país ninguém é julgado, tudo passa impune, é a república das bananas. Nós precisávamos era do Salazar, ele é que endireitava isto. Andam para aqui chineses, brasileiros, …. »
O Tuga é o Rei do Fórum.

quinta-feira, julho 14, 2005

Não há fome que não dê em fartura

Quatro postzinhos por dia, dão saúde e alegria.
Eu já me calo...

Kiss it Goodbye

Uma tonelada de haxixe de Marrocos apreendida antes de chegar a Portugal.

Le destin

Lembrei-me recentemente de um filme que vi há uns anos: 'Le destin' (não confundir com o fabuloso (?) 'destin' da amélie poulin...). É um musical de um senhor chamado Youssef Chahine, sobre o último califado árabe na Penínusla Ibérica - Córdova. Mostra-nos coisas espantosas feitas pelos árabes no séc. XV, em plena época das trevas. Enquanto no resto da península se queimavam livros e pessoas, os 'infiéis' construíam fontes e educavam o povo em bibliotecas. O nosso etnocentrismo faz-nos julgar que a civilização árabe (como aliás todas as outras) é inferior e que os ataques terroristas são fruto da crença em Alá e dos ensinamentos de Maomé. Aliás, como todos sabemos, a ETA e o IRA são conhecidos pelo seu fundamentalismo islâmico. Não, eu não sou do Bloco, mas esta opinião generalizada irrita-me.

Ai o cacete!

  • Vão extinguir o Ballet Gulbenkian (leia-se em tom sério)
  • O Carrilho (ou será antes a Bárbara com o Dinis ao colo?) vai à frente do Carmona nas sondagens
  • Monárquicos não aceitam a candidatura de Elsa Raposo à Câmara Municipal de Cascais. Imaginem como seria giro seguir este mandato. Pois não vai ser possível, parece que os Câmara não a querem na Câmara.

quarta-feira, julho 13, 2005

O E.T. na Guerra dos Mundos

Hoje de manhã, quando acordei e ouvi as notícias na TSF, tive a sensação de ser transportada para um filme do Spielperg. O Mundo de hoje não está longe do imaginário bélico de um adolescente nos anos 80:
«George Bush afirmou que os ataques de Londres representam o reavivar da memória do 11 de Setembro e sublinhou que os EUA e os seus aliados estão a travar uma “guerra global contra o terror. O ministro do Interior espanhol, Otto Schily, sublinhou hoje as semelhanças entre o “modelo” dos atentados em Londres e os de 11 Março de 2004 em Madrid. Londres identifica 4 suspeitos dos atentados terroristas do passado dia 7. Itália prepara-se para ataques: 4 cidades alerta – Roma, Turim, Milão e Nápoles. Bagdad: 24 crianças mortas em atentado suicida.»
Nota: Os E.T.s somos nós.

terça-feira, julho 12, 2005

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domingo, julho 10, 2005

Os Donos da Bola

Diário de um Ilhéu Realizado na Vida

«Sou um filho digno desta ilha onde nasci e onde vivo. Alcancei um cargo profissional excelente, bem pago e com boas oportunidades de promoção. Tenho uma bela moradia à beira-mar, dois carros e jipe. Todos os anos tiro férias no estrangeiro e com trinta e poucas primaveras já tenho amigos influentes. Tudo isto porque alcancei o sonho de qualquer jovem ambicioso: um lugar no governo regional. É certo que para ganhá-lo houve alguns senhores que paparam bolos de mel à borla na padaria de meu pai, mas isso não me tira o mérito de ter gramado oito anos lá no contenente tirando o curso de Engenharia de Fiscalização de Ribeiras Estivais.

Meu pai tem orgulho de mim, diz que eu não sou nenhum vilhão, pelo contrário, sou um gajo de categoria, com curso superior e emprego de prestígio. Mas esperto como sou, não fico por aqui. Com os conhecimentos certos no governo regional, saquei uns subsídios e arranjei um negociozito para a minha mulher. Na verdade, ligado como estou à função pública, o negócio tinha que ser mesmo dela. Mas sempre consigo gamar umas horitas do serviço para escapar até à loja. Os vilhões dos meus chefes não ligam nenhuma.

O negócio até vai bem, mas iria melhor se não fosse uma loja de chinocas que se plantou mesmo à frente. Ah mãe! Até aos fins-de-semana trabalham e estão sempre cheios de clientela. Só me faltava agora essa concorrência desleal, depois de tanto me ter esgalgado atrás de subsídios para a loja. Mas eles não perdem pela demora.

Já falei a um amigo meu do governo regional para fazer-lhes a vida negra e persegui-los com multas e inspecções, até que se fartem e desistam. Não é justo concorrer contra preços tão baixos e lojas abertas tantas horas. Ainda bem que conto com o meu amigo para garantir a igualdade. Era o que faltava, eu agora não passear nos shoppings aos fins-de-semana para ter que trabalhar tanto como os chinos!

E é bom que bazem daqui antes que comecem a gerar filharada. Já imaginaram os nossos piquenos e as nossas piquenas a se misturarem com os deles na escola? Ah mãe! Já basta o meu irmão que casou com uma gaja contenental e nos obriga a gramar uma cubana na familhia, ou então a minha prima venezuelana que casou com um preto. Mas o meu irmão sempre foi um paspalho. Anda há anos no contenente a tentar criar uma empresa de tecnologia, quando eu, com as minhas cunhas, podia arranjar-lhe um tacho tão bom por aqui. Recusa as minhas ofertas e diz que prefere ser empreendedor. Para falar com franqueza, nem sei bem o que essa palavra quer dizer, e ainda não houve ninguém por aqui que me soubesse explicar... Bom, assim pelo menos não traz a cubana dele para cá. Quanto à minha prima, está lá longe em Caracas, e está muito bem, que fique por lá com o primo escuro que me arranjou. Agora só faltava era a minha filha me aparecer um dia com um chinês. Ah mãe! Fazia eu morrer mais cedo, de desgosto. Nesta bem ajuizada terra sempre se disse que 'sangue não se mistura'. Já viram como é que eu ficava perante a sociedade, depois do estatuto que já tenho?

O nosso querido presidente já deixou bem claro que essa gente não é cá bem-vinda. Tem razão, pois não queremos concorrência de gente de fora. Cada um na sua terra, assim é que é. É o que diz meu pai, um homem honesto e trabalhador, que durante vinte anos teve uma padaria no Brasil. O meu tio, que retornou há pouco tempo da África do Sul, onde tinha um supermercado, também pensa o mesmo. Por falar nisso, o meu tio da Venezuela não anda lá muito contente, pois uma das lojas dele foi saqueada há poucos dias e ele acha que o governo venezuelano devia proteger mais os negócios dos emigrantes.

Eu gosto do nosso presidente. É verdade que não concordo com tudo o que ele faz, mas o certo é que enquanto ele estiver na frente, as minhas regalias profissionais estão seguras, o negócio da minha mulher está protegido e podemos manter os nossos piquenos no melhor colégio particular da ilha. Ah mãe! Nem quero pensar nos meus ricos filhos misturados com os outros vilhões das escolas oficiais. Por isso, ele pode contar sempre com o meu voto. E é claro, também com o voto da minha mulher, do meu pai, da minha mãe, do meu sogro, da minha sogra, do meu primo que é meu secretário, da mulher que é secretária dele, da família dele, da família dela, e por aí além.

Por aqui se vê que esta ilha é um paraíso na terra, onde há ajuda, amor e carinho. Em nenhum outro lugar do mundo se pode ser mais feliz do que cá, onde ainda por cima o clima é tão fixe e a água é tão quente. Favorecido como sou pelo horário de função pública, mesmo no Inverno saio do trabalho a tempo de mergulhar na praia ou de passear na marina e comer um gelado. E desde que o nosso grande presidente enxotou os estúpidos miúdos que andavam por aí a pedir esmola de caixinha, a cidade ficou ainda melhor. Eu até acho que ele foi bondoso demais. Por mim, devia mandar prendê-los a todos, inclusive à padralhada que defende esses piquenos.

Por isso, sou um homem feliz, na melhor terra do mundo, e só quem for vilhão é que não percebe porquê. »

João Casabranca

(via http://jaquinzinhos.blogspot.com)

quinta-feira, julho 07, 2005

“Mano, só para dizer que está tudo bem comigo e com a *****.

Por favor, telefoona ‘a Paz e Mama e Papa, OK?

Obrigado!”

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“Obrigado, um abraco. Um dos autocarros expodiu mesmo na praca onde eu e a Nidaa moramos…”

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“Está tudo a trabalhar, mas ouvem-se imensas sirens.

A ***** ainda nao pode sair. Seja como for, a minha paquistanesa deve estar agora a dormir a sesta! Ela nao me falou de nada de estilhacos, nao sei. A bomba foi do outro lado da praca. A praca tem mais ou menos o tamanho da praca da Igreja, em Alvalade.”

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“A ***** ouviu o barulho da explosao.
Foi depois de eu sair.

Eu saí 'as 8:50 e passei em Tav. Square a essa hora. Fui para o metro. Estava fechado, voltei para Tav Sq para o autocarro. Deviam ser umas 9:05.

Parece que a bomba ali foi pelas 9 e meia, quando estava a chegar ao trabalho.

As outras acho que foram antes.

Está tudo calmo, mas vou ter um bocado de medo para voltar para casa. Vou a pé, claro.”

quarta-feira, julho 06, 2005

Já cá faltava uma obrazinha

Estava tudo a correr razoavelmente. Não havia necessidade. O povo a contestar, a função pública a espumar de raiva, juízes, professores e farmacêuticos revoltados - tudo bons sinais. De repente o governo consegue estragar tudo: primeiro uma proposta de lei do arrendamento que é uma vergonha (mais uma vez os senhorios vão ser obrigados a subsidiar os inquilinos) e agora os mega projectos do aeroporto da OTA e do TGV. São projectos pouco úteis (o valor presente da utilidade dos projectos é claramente inferior aos seus custos), em que mais uma vez Portugal vai gastar aquilo que não produz, dinamizando o sector que mais emprega imigrantes ilegais, que menos cumpre normas de segurança e que, a par do futebol, mais recorre à corrupção: a construção civil.

segunda-feira, julho 04, 2005

Baza mazé tu para a Venezuela, Alberto João

Quero aqui manifestar a toda a minha solidariedade com os quéfrô e chinezinhos proprietários de lojas dos 300, dizendo-lhes, que, ao contrário do que apregoa o Alberto João, nos fazem muita falta.
Ainda outro dia precisei de um brinco verde fluorescente a piscar (agora não interessa nada para quê) e de um cachecol do glorioso (para o meu marido) e se não fosse o caso de estes amigos trabalharem ao domingo(coisa que o Tuga, em geral, não gosta de fazer) estava lixada.

sexta-feira, julho 01, 2005

Caras portuguesas

Trago boas notícias! Apesar de o IVA ter subido hoje para 21% (upa, upa, puxadote), segundo o Diário Económico, 'as empresas de vestuário, como o grupo galego Inditex (que detém a Zara, a Pull and Bear e a Massimo Dutti, entre outras) vão manter os preços tal como os tinham até ontem'. Toca a comprar como se não houvesse amanhã.